Ouço barulho dos carros e maquina a cidade em obras,
A dor em minha cabeça se faz maior com tudo isso
Sinto falta da selva de verdade em vez da selva de pedra
Sinto falta dos animais de verdade e não dos por instinto
Sinto falta do cantas dos pássaros e não das buzinas de carro
Sinto falta da doce brisa da manhã, e não do gás que nos corroem por dentro
Sinto medo de que a selva de pedra destrua a selva de onde vim
Sinto que no mundo de hoje o que é frio e rochoso por natureza
Sobressai-se sobre aquilo que é vivo.
Como edifícios sufocando a selva que se contraia, da mesma forma
Que o coração frio e vazio consome a natureza pura de um humano,
Será que esta destruição nasce de dentro do homem?
E ele resolveu expandir para o mundo onde habita?
Esta resposta não sei, mas sei que sinto falta daquilo que era e não é mais
Daquilo que se foi, e que só ficou na lembrança.
“Que um dia a Vida se sobressaia à rocha que cresce sobre ela, E transforme em vida até aquilo que pelo frio e pela rocha se perdeu em morte”
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