sábado, 27 de fevereiro de 2010

Desabafo Da Vida

Ouço barulho dos carros e maquina a cidade em obras,

A dor em minha cabeça se faz maior com tudo isso

Sinto falta da selva de verdade em vez da selva de pedra

Sinto falta dos animais de verdade e não dos por instinto

Sinto falta do cantas dos pássaros e não das buzinas de carro

Sinto falta da doce brisa da manhã, e não do gás que nos corroem por dentro

Sinto medo de que a selva de pedra destrua a selva de onde vim

Sinto que no mundo de hoje o que é frio e rochoso por natureza

Sobressai-se sobre aquilo que é vivo.

Como edifícios sufocando a selva que se contraia, da mesma forma

Que o coração frio e vazio consome a natureza pura de um humano,

Será que esta destruição nasce de dentro do homem?

E ele resolveu expandir para o mundo onde habita?

Esta resposta não sei, mas sei que sinto falta daquilo que era e não é mais

Daquilo que se foi, e que só ficou na lembrança.

“Que um dia a Vida se sobressaia à rocha que cresce sobre ela, E transforme em vida até aquilo que pelo frio e pela rocha se perdeu em morte”

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